Já vimos aqui no blog que a mudança para um armazenamento em nuvem atingiu muitas empresas, principalmente devido a adesão em massa ao home office. Com isso, ficou claro que as empresas precisam ter uma boa infraestrutura na nuvem para lidar com as inovações tecnológicas trazidas pela transformação digital. Porém, existem alguns tipos de computação em nuvem: pública, privada e híbrida. Qual é a diferença entre elas? Qual é a melhor?
Antes de tudo, é importante entender que não existe uma fórmula mágica para a escolha da melhor nuvem. O tipo de nuvem que sua empresa irá utilizar dependerá das suas particularidades e limitações. Pensando nisso, no artigo de hoje, iremos explicar cada uma dos três tipos de computação em nuvem, abordando seus benefícios e limitações, para que você possa tomar a decisão mais acertada para a sua empresa. Continue a leitura!
As nuvens públicas são ambientes de computação em nuvem criados em uma infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) que não é de propriedade do usuário final. Então, os recursos de armazenamento pertencem a um provedor terceirizado e são operados por ele. Toda a infraestrutura de suporte e gerenciamento são desse provedor, fazendo com que seja uma maneira mais comum de implantar a computação em nuvem. Os maiores e mais conhecidos provedores de nuvem públicas são: Amazon Web Services (AWS), Google Cloud, Microsoft Azure, Alibaba Cloud e IBM Cloud.
Antigamente as nuvens públicas eram executadas off-premises, porém, hoje em dia já os provedores de nuvem já oferecem serviços nos data centers dos clientes. Para uma nuvem ser pública é preciso que os ambientes sejam fragmentados e redistribuídos por vários locais/organizações. E a cobrança de taxas não define esse tipo de computação, pois há alguns provedores de nuvem que permitem que as empresas usem-as gratuitamente, como a Massachusetts Open Cloud.
No funcionamento de uma nuvem pública, você compartilha os mesmos dispositivos de hardware, de armazenamento e de rede com outras organizações da nuvem. E você tem acesso aos serviços e pode gerenciar sua conta usando um navegador da Web. É, geralmente, uma opção mais barata, pois a infraestrutura oferecida é compartilhada entre vários clientes e toda a interação se dá por meio de protocolos da internet.
Um ponto que vale ressaltar sobre as nuvens públicas é que elas tendem a estar mais vulneráveis a uma maior variedade de ameaças à segurança da informação. Isso ocorre devido aos diversos pontos de acesso e porque as responsabilidades de segurança são divididas. Por exemplo, a segurança da infraestrutura é responsabilidade do provedor, mas a segurança de carga de trabalho pode ser responsabilidade da sua organização.
Por isso, as empresas que optam por adotar uma nuvem pública precisam saber que suas informações estarão protegidas, mas seus dados, aplicações e
autenticações necessitam de uma segurança extra. É importante investir na segurança da informação da sua empresa, pois cada organização é responsável pelo seu ambiente na nuvem.
A nuvem privada é um modelo no qual a organização é responsável por planejar, implementar e gerenciar toda a computação em nuvem. Então, são ambientes de nuvem dedicados a uma organização. E esse tipo de nuvem não é necessariamente baseado em infraestrutura de TI on-premise, atualmente, há organizações que criaram nuvens privadas em data centers alugados localizados off-premises.
Para uma nuvem ser privada, a infraestrutura de TI é dedicada a uma organização e somente ele tem acesso a ela. Ela permite que a organização incorpore a infraestrutura de acordo com as suas necessidades e especificações. Além disso, também permite um maior controle dos dados que circulam pelos servidores da empresa, garantindo mais segurança, pois os recursos de computação em nuvem são usados exclusivamente por uma única empresa.
Com isso, entendemos que a nuvem privada é o tipo de computação em nuvem mais fácil para as empresas que desejam personalizar seus recursos de acordo com seus requisitos de TI. Esse tipo de nuvem é muito utilizada por grandes organizações, como órgãos governamentais, empresas de telecomunicações, instituições financeiras, entre outras de grande porte.
Vimos que ao utilizar uma nuvem privada, a empresa é responsável por prover toda a infraestrutura de tecnologia, e para isso, ela precisa ter uma equipe para instalar, configurar, testar, executar, proteger e atualizar os computadores. E como há uma grande demanda de recursos internos, a nuvem privada pode prejudicar a agilidade, já que cada novo passo deve ser discutido para entender seus impactos sobre os servidores.
Além disso, a empresa que escolhe a nuvem privada, fica responsável por comprar ou alugar equipamentos, como hardwares e softwares, sendo esse um gasto periódico da organização. Ou seja, a limitação desse modelo de computação em nuvem é que ele tende a ser mais caro e por isso, é mais indicado e utilizado por grandes empresas.
A nuvem híbrida é um ambiente de TI criado a partir de vários outros ambientes. Esses ambientes são conectados por redes locais (LANs), redes de área ampla (WANs), redes privadas virtuais (VPNs) e/ou APIs. Como o nome já diz, essa computação mistura os dois conceitos já apresentados. Ou seja, é possível que a empresa guarde seus dados sensíveis em uma nuvem privada e ao mesmo tempo conectar aplicações a uma nuvem pública.
Para uma nuvem ser híbrida, há alguns requisitos que podem variar. Como por exemplo: deve incluir no mínimo uma nuvem privada e uma nuvem pública, duas ou mais nuvens privadas, duas ou mais nuvens públicas ou ser um ambiente virtual conectado a, no mínimo, uma nuvem pública ou privada. Mas uma característica marcante é que todo o sistema de TI da nuvem híbrida é composto por aplicações que podem se mover por vários ambientes diferentes, conectados entre si.
Para que a nuvem híbrida funcione, todos os ambientes precisam ser gerenciados como um só por meio de uma plataforma integrada de gerenciamento e orquestração. Dessa forma, a nuvem híbrida lhe oferece o melhor dos dois tipos de computação em nuvem: a escalabilidade, o baixo custo e a confiabilidade de uma nuvem pública, e também, a segurança, o controle, a personalização e a flexibilidade de uma nuvem privada.
A flexibilidade é um dos principais benefícios da nuvem híbrida, mas também pode ser o que torna essa computação em nuvem mais desafiadora.
Primeiro porque pode ser difícil gerenciar a política entre os dois tipos de nuvem. Sua empresa pode ter políticas privadas bem definidas, mas elas podem não ser bem tratadas na nuvem pública. Então, o primeiro desafio é criar, configurar e manter uma política de segurança igual em toda a rede.
A visibilidade dos dados também é um fator limitante na nuvem híbrida. É fácil perder a visibilidade quando se trabalha com duas computações diferentes. Com isso, o segundo desafio é entender todas as leis de conformidade antes de migrar seus dados e aplicativos para um provedor de nuvem. Não se esqueça que é responsabilidade da organização garantir que seus dados estejam bem protegidos.
Ao longo desse artigo, foi possível entender que o tipo de serviço em nuvem que você deve usar é uma escolha totalmente particular. Cada nuvem tem suas especificidades e limitações. Tudo irá depender do que sua empresa precisa e o que está mais adequado com seu modelo de negócio. Entender como cada tipo de computação em nuvem funciona é o primeiro passo para saber qual é a solução ideal para a sua empresa!
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